quarta-feira, agosto 13, 2014

Você pode enxergar o meu brilho?


O medo é um dos piores inimigos que podemos ter, senão o pior. Ter medo não é o problema, o problema é sustentá-lo.
Guardo alguns medos dentro de mim e não sei porque eles resolvem vir à tona de uma hora pra outra.
Era um sábado, ensolarado e quente, podia sentir o calor na minha pele, as nuvens esparsas davam ao céu formas diferentes e eu ficava tentando achar alguma imagem conhecida nelas e um único pensamento me ocorreu: " Porque eu tenho tanto medo? "
Não medo de animais ou de altura, mas medo de arriscar. Será que seguir tanto as regras me fez ficar com medo de tentar algumas vezes mesmo que a situação saia de controle?
Tenho medo de não ser feliz e até agora não achei nada de me faça sentir felicidade duradoura.
Túlio Dek já dizia em uma de suas músicas: " Na vida tudo passa , não importa o que "tu" faça. O que te fazia rir hoje já não tem mais graça. " e tem sido assim. Exatamente assim.
O medo de não ser boa o suficiente para ninguém me aprisiona, me enjaula e me cega.
Pode ser a manifestação de minha baixa auto-estima? Não só pode, como é. Tenho consciência disso, mas mesmo tendo consciência não consigo achar uma resposta.
Não quero passar toda a minha vida depositando minhas esperanças em coisas não duradouras. Prefiro não investir o meu tempo, me dedicar para, quando chegar lá na frente, ver tudo o que eu me esforcei para construir ir embora numa simples conversa de Segunda à noite e estragar o resto da minha semana e os meus próximos meses até o fim do ano.
Me recuperar rápido das coisas nunca foi o meu forte e acredito que nunca vai ser.
Não pense que sou contra o "Good Times" !
Se divertir é uma boa, não se preocupar com o amanhã, então, nem se fale...
A sensação de ser livre é a melhor coisa que existe! É de onde você realmente tira proveito de seus melhores dias, do melhor de você, mas chega uma hora que você apenas se cansa dessa diversão toda e é aí que você começa a se deparar com os seus maiores medos.
Aqueles que você resolver ignorar e não resolver porque era jovem demais e tudo era questão de tempo até passar.
As perguntas vêm em minha cabeça e eu me enraiveço por não ter justificativas para respondê-las. O medo me diz que tudo fica por conta dele e eu volto para minha joninha de conforto medíocre.
Ele insiste em me dizer que não é o momento certo, mas e, se, nunca, for o momento certo?
Eu nunca vou saber até que ele me deixe ser quem eu sou.




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