quarta-feira, abril 20, 2016

Whatch me Fade Away


Acabou. Totalmente.
Essa duas palavras nunca tinham feito tanto sentido.
No caminho que fiz até em casa, me permiti pensar, ser franca comigo mesmo (como nunca havia sido, por sinal) para colocar um ponto, final de uma vez, por todas nessa história. O meu riso eterno nos lábios deram lugar a uma boca séria, afinal, o assunto não era brincadeira. Venci minha insegurança e te chamei pra um café, mas não foi um simples chamar, foi aquele chamar em que eu nem me dei ao trabalho de me preocupar se estava arrumada ou não, pois já sabia que a sua resposta seria "não vai dar". E eu sabia exatamente como ela viria, acompanhada de uma carinha :/.
E ela veio, da mesma forma que eu esperava.
Eu li, entendi e disse a mim mesma aquelas duas palavrinhas lá do inicio do texto. E, para minha surpresa, eu estava calma. Não tinha raiva, muito menos queria quebrar a cara do primeiro cara que aparecesse na minha frente. Eu apenas havia entendido e decidido, nessa respectiva ordem.
Se alguém me perguntasse se eu queria que desse certo, eu não mentiria, é claro que eu queria, mas acima disso, eu tenho que me preocupar comigo mesma e isso significa o que? Encarar os fatos e ser verdadeira, afinal, todo mundo sabe quando é a hora de tirar o time de campo. sabe porque? Porque eu sinto que me esforço demais, dou demais de mim pra alguém que não se importa se eu estou ali ou não, eu não mereço ficar correndo atras de que não se esforça a tanto. Então não tem motivo para isso, não vale a pena. Eu posso canalizar tudo isso em outras coisas. E é exatamente isso que eu vou fazer.
Ir embora. Sumir. Desaparecer ou qualquer outro sinônimo, afinal, é isso que eu sempre faço. Da minha parte acabou, eu estendo a toalha, não por ser fraca, mas justamente o contrário, por ter a coragem de me levantar da mesa quando o amor não está mais sendo servido. E nem que se, algum dia, por uma insanidade da vida qualquer você, por acaso, resolva tomar o café que eu há tempos sugeri, eu também não irei e por um motivo muito contrário do que você pensa. Não quero me fazer de difícil, de durona, de superior ou devolver na mesma moeda... Não, nenhuma das alternativas anteriores. Eu só estou sendo franca comigo mesma para perceber aquilo que realmente chega para mudar a minha vida, me acrescer de coisas boas e o que não. Eu não posso, jamais, deixar alguém que mal me conhece diga quem eu sou ou qual o meu valor, pois disso, somente eu sei. Então, por isso que eu não irei. Não irei porque não quero mais sua companhia, porque sei que ela não é o suficiente para mim, mas, além de tudo isso, porque eu só dou minha companhia para alguém que me faça sentir melhor do que eu mesma me faço quando estou sozinha.

sexta-feira, abril 01, 2016

Thoughts



Eu não deveria (não mesmo) estar escrevendo esse texto. Deveria estar dormindo, arrumando meu guardarroupa ou até mesmo comendo os restos da ceia de natal, mas não, aqui estou eu, sentada na beira da minha cama, sendo iluminada pela lua e pensando em você.
Na verdade, eu estou pensando no quão rápido isso aconteceu e no quanto eu posso me machucar também.
Sabe, se alguém me perguntasse o que eu sinto, agora, nesse exato momento, eu não saberia explicar, porque nem eu mesma sei e isso me assusta de uma forma gigantesca, quase sufocante. Você não tem ideia! A única coisa que eu posso afirmar é que eu gosto absurdamente disso.
Você se espantaria se eu dissesse que sinto sua falta? Por favor, não diga que não. Isso é estranho demais pra mim! "Isso é loucura!", grito para minha própria mente para, quem sabe, ela não me dê uma solução, mas acho que dessa vez, nem ela vai poder fazer nada...
É quase como instintivamente certo: Eu fecho os olhos e sinto sua presença. Me sinto abraçada, envolta por algo estranhamente familiar e confortável, mas nem isso me impede de sentir um medo enorme de, a cada passo, me afogar nesse abismo agradável.
Olha, vou falar baixinho para que nem eu escute: Acho que estou me apaixonando e não consigo evitar. Grito para minha mente, o mais alto que eu posso, para que ela segure as rédeas, mas parece que até ela se encontra inerte. Como que isso tudo aconteceu? Eu não consigo achar as respostas.
Você entende os meus medos e as minhas frustrações e se admira das minhas cicatrizes. Menina guerreira, você diz e sorri como se se orgulhasse de ver quem eu realmente sou.
Nua. É assim que eu me sinto com você, pois consegue delicadamente me despir das minhas armaduras e me envolver com um simples toque. E eu adoro isso. Gosto de ser decifrada, gosto de alguém que chegue e fale que vai ficar só porque sabe que eu aposto que vá embora.
Eu adoro suas loucuras mesmo que, às vezes, elas sejam infundadas. Já dizia Cazuza: "Acho que sua loucura se parece um pouco com a minha..."
E mesmo com todos os ventos soprando a favor,me desculpe, mas meu medo me impede de continuar. Me impede de aceitar que gosto de você por temer não conseguir sair de mais uma, e você, só pra me torturar, me diz, no fim, que, às vezes, dois corações quebrados se encaixam e se empenham em devolver duas metades perdidas para que juntos possam ser inteiros de novo.