sexta-feira, abril 01, 2016

Thoughts



Eu não deveria (não mesmo) estar escrevendo esse texto. Deveria estar dormindo, arrumando meu guardarroupa ou até mesmo comendo os restos da ceia de natal, mas não, aqui estou eu, sentada na beira da minha cama, sendo iluminada pela lua e pensando em você.
Na verdade, eu estou pensando no quão rápido isso aconteceu e no quanto eu posso me machucar também.
Sabe, se alguém me perguntasse o que eu sinto, agora, nesse exato momento, eu não saberia explicar, porque nem eu mesma sei e isso me assusta de uma forma gigantesca, quase sufocante. Você não tem ideia! A única coisa que eu posso afirmar é que eu gosto absurdamente disso.
Você se espantaria se eu dissesse que sinto sua falta? Por favor, não diga que não. Isso é estranho demais pra mim! "Isso é loucura!", grito para minha própria mente para, quem sabe, ela não me dê uma solução, mas acho que dessa vez, nem ela vai poder fazer nada...
É quase como instintivamente certo: Eu fecho os olhos e sinto sua presença. Me sinto abraçada, envolta por algo estranhamente familiar e confortável, mas nem isso me impede de sentir um medo enorme de, a cada passo, me afogar nesse abismo agradável.
Olha, vou falar baixinho para que nem eu escute: Acho que estou me apaixonando e não consigo evitar. Grito para minha mente, o mais alto que eu posso, para que ela segure as rédeas, mas parece que até ela se encontra inerte. Como que isso tudo aconteceu? Eu não consigo achar as respostas.
Você entende os meus medos e as minhas frustrações e se admira das minhas cicatrizes. Menina guerreira, você diz e sorri como se se orgulhasse de ver quem eu realmente sou.
Nua. É assim que eu me sinto com você, pois consegue delicadamente me despir das minhas armaduras e me envolver com um simples toque. E eu adoro isso. Gosto de ser decifrada, gosto de alguém que chegue e fale que vai ficar só porque sabe que eu aposto que vá embora.
Eu adoro suas loucuras mesmo que, às vezes, elas sejam infundadas. Já dizia Cazuza: "Acho que sua loucura se parece um pouco com a minha..."
E mesmo com todos os ventos soprando a favor,me desculpe, mas meu medo me impede de continuar. Me impede de aceitar que gosto de você por temer não conseguir sair de mais uma, e você, só pra me torturar, me diz, no fim, que, às vezes, dois corações quebrados se encaixam e se empenham em devolver duas metades perdidas para que juntos possam ser inteiros de novo.

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